O Brasil precisa urgentemente de uma mudança na atual estrutura e na legislação de impostos. Para que mudanças ocorram, inquestionavelmente vai ser necessária uma reforma tributária no país.
Reforma tributária é uma reforma político-econômica que visa a mudança da atual estrutura de legislação de impostos, taxas e outras contribuições vigentes num país para que a tributação seja mais igualitária. Apesar de a reforma tributária ter sido um dos temas mais discutidos e estudados nos últimos tempos, até agora nada substancialmente foi feito a respeito. Para o Brasil crescer, naturalmente será preciso diminuir a carga tributária.
Carga tributária é a relação entre o que o governo arrecada em impostos e a quantidade de riqueza produzida no país. A cobrança de impostos é, na prática, uma coleta de dinheiro feita pelo governo para pagar suas contas. Uma forma de medir o impacto dessa coleta é compará-la com o Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, a soma das riquezas produzidas pelo país em um ano. Essa relação entre impostos e PIB é chamada de carga tributária.
Além de ter uma das maiores cargas tributárias do mundo, o Brasil é um dos países mais injustos na hora de cobrar impostos de seus cidadãos. Os brasileiros são mais onerados sobre o que consomem do que sobre sua renda. O Brasil tem a carga tributária mais pesada entre os países emergentes e mais alta até que Japão e Estados Unidos. Infelizmente ao contrario do que ocorre em lugares como a Escandinávia (onde há impostos altos e serviços públicos de qualidade), no Brasil não é possível ver as consequências dos altos impostos pagos, já que temos serviços precários contrastando com os altíssimos impostos.
Segundo o jornal O Globo no dia 9/03/2013, cálculos feitos pelo Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal (Sindifisco Nacional) mostram que, enquanto a tributação sobre o consumo no país tem ficado em torno de 18% do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos anos, a tributação sobre a renda está num patamar bem mais baixo: 8% do PIB.
Em 2013, a carga tributária brasileira cresceu para 36,3% do PIB. É um recorde histórico, e nem as vantagens concedidas às empresas pelo governo afetaram a arrecadação de impostos que, no ano passado, foi de R$ 1,59 trilhão.
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